GT 1.2 RECIFES E ECOSSISTEMAS CORALINOS.

Recifes de Corais são os mais complexos e mais produtivos dos ecossistemas marinhos costeiros. Por serem formados pelo acúmulo de esqueletos e carapaças carbonáticas de organismos são, a um tempo, fornecedores de bens e serviços ecossistêmicos assim como arquivos naturais das condições do ambiente onde se desenvolvem.

 

Nas últimas décadas, eles vêm sofrendo com a crescente degradação ambiental fruto de forçantes antrópicas que atuando sinergicamente contribuem para a perda da biodiversidade e para a degradação da saúde e resiliência desses ecossistemas. Os recifes e as comunidades coralinas são ainda extremamente sensíveis a pequenas variações da temperatura da água, o que pode provocar o fenômeno do branqueamento dos corais e outros organismos que têm simbiose com zooxantelas, comprometendo a sobrevivência destes ecossistemas.

 

O último evento observado no verão de 2009-2010 indicou que a severidade do branqueamento foi maior na porção setentrional da plataforma continental brasileira. Essa mudança pode estar associada a valores maiores de anomalias térmicas e/ou a características ecológicas do ecossistema.

 

As projeções de aumento da temperatura dos oceanos juntamente com a acidificação representam, portanto, uma real ameaça a estes ecossistemas e aos serviços que proporcionam. Impactos crônicos a exemplo da pesca vêm se intensificando nas últimas décadas como conseqüência do aumento populacional. As doenças dos corais, registradas nos últimos anos, podem estar relacionadas com o enfraquecimento dos corais que já sofreram branqueamento. Verifica-se, entretanto, que algumas espécies de corais já estão apresentando maior tolerância às mudanças climáticas muito provavelmente devido a diferenças intrínsecas e/ou genéticas dos corais ou de suas algas simbiontes, tornando-os organismos resilientes. 

Objetivo Principal: avaliar a vulnerabilidade e a resiliência dos recifes e ecossistemas coralinos das regiões nordeste e leste do Brasil, sua integridade e conectividade ecossistêmicas, de modo a identificar recifes resilientes e vulneráveis, complementados com estudos da biomineralização dos seus organismos calcificadores. 

Coordenadores: Ruy Kikuchi (UFBA)

 

Abordagem Metodológica: levantamentos de campo, análises isotópicas (C, O, Sr, Ca), bioensaios, datações (radiocarbono e U-Th). 

Coordenador.

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Ruy K. P. de Kikuchi

Ruy Kenji Papa de Kikuchi possui graduação em Geologia pela Universidade de São Paulo, mestrado em Geologia, área de concentração em Sedimentologia pela Universidade Federal da Bahia (1994) e doutorado em Geologia, área de concentração em Geologia Sedimentar também pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal da Bahia, bolsista nível 1C do CNPq. Tem experiência na área de Sedimentação Carbonática, Geologia Marinha e Costeira e Oceanografia. Seu trabalho direciona-se aos seguintes temas: Geologia de recifes e variações do nível do mar, uso dos corais como arquivos naturais de parâmetros oceanográficos, monitoramento ecológico de recifes, e impacto das mudanças climáticas globais nos corais e nos recifes. Integra o subprojeto Zonas Costeiras do INCT da Mudanças Climáticas Globais/REDECLIMA e Coordena um grupo de trabalho no INCT Ambientes Marinhos Tropicais.

e-mail: kikuchi@ufba.br, 

kikuchi@pq.cnpq.br

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